quinta-feira, 31 de março de 2011

Felicidade

Comigo ela vem devassa mais logo volta
Traz sorrisos e depois deixa lágrimas
Passa rápido, corre, como quem tem pressa

Felicidade, meu amor, vem e volta
Como os pensamentos que se repetem,
e nunca sequência infinita não param

Na sala de espera vejo algumas portas,
Melhor não tentar abri-las
Vou deixar-me surpreender
Tudo que vem volta

Ser

Os espelhos mostram o que eu já não sei
Aquelas molduras já não me servem mais
O mais intenso se esconde onde eu não possa ver
E tudo que passa a ser, não é
Por entre aquele antigo relicário,
As palavras escritas codificam sem intenção
Sabe aquelas flores que já foram pra mim?
Hoje eu vejo que só estavam de passagem
Todas as notas ressoadas ficaram no fim
E as músicas tocadas só foram, não são
E Mesmo que agora eu possa dizer um sim
Foi melhor a negação no enfim.