quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Tempestade insana

A nuvem negra que insiste em continuar sobre meu tudo faz ruídos sórdidos de desprezo. Ela é o presente de um passado sonhador e de um futuro solucionado. Sentimentos hipócritas ecoam ao meu redor, ouço gritos de socorro vindo de dentro, mas não consigo suportá-los, não sei a que recorrer. Talvez um grande escritor colocaria dentre as linhas a esperança que há, mas como não o sou prefiro não arriscar minha verdade. Parece estar caindo uma peça sobre a outra, como uma infinita corrida de demolição da confiança. O sono vem, mas não consigo aceitar como posso fechar os olhos e por algumas horas esquecer de tudo. É difícil querer e não ter, mas difícil ainda é perder. Não sei se a capacidade que me foi concebida é capaz de entender a razão da perda, se é que existe tal razão. A cada instante penso como é possível superar, mas hoje paro por um minuto e penso, o sentindo da vida não deve ser algo superável e sim aceitável. Sigo tentando preencher as lacunas ocas dentro de mim, a dor poderia ficar por um momento em segundo plano.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Tudo que é intenso

Não sei se é normal a mensura dos meus sentimentos, também não estou aqui agora escrevendo à procura de um atestado do convencional, meu egoísmo só não me permite sofrer sozinha. Nessas horas paro e penso porque ser assim, não ganho mérito nenhum por isso, também não recebo benefícios, choro como uma criança que não tem um motivo específico, naquele instante ela só precisa derramar lágrimas sinceras que não precisam ter um motivo para cair. Elas existem por algum instante, e existirão em outros instantes, sem pedir licença, para ocupar-se em um corpo que põe para fora seus amores, um corpo que sente e não tem vergonha do humano. O intenso toma conta de tudo que me faz, e com essa força imensurável, me leva da felicidade extrema à tristeza lamentável. Não afirmo ter assim dupla personalidade, só mostro ser uma pessoa de variadas fases, repentinas talvez mas, que resumem o ser que sou. Tento fugir da mesmice com que meus fins se acostumaram, cansei de me fazer e me ver vítima, procuro dentre as almas mais perdidas algo que me signifique por completo, mas não encontro. O intenso não pode se definir.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Lendo verdades

Não é preciso ser um sábio para descobrir a verdade. As palavras são muito mais que códigos, são expressões, opiniões, razões que exprimem com seu máximo poder o que se sente. É necessário mais do que dizer-las, é imprescindível compreender os significados entre as letras e tons que as tornam concretas. As vezes dizem mais do que o pretendido, algumas vezes provocam reações inesperadas, e em outras, mostram uma verdade que anda incumbida nos pensamentos. Quero falar, mas minha voz se cala, e mesmo sem a palavra posso encontrar a sinceridade. é difícil ver o que foge, o que se camufla de todas as maneiras. Em ações, na fala, no sentimento, e nesse último me arriscaria a dizer ser impossível,mentir para si mesmo é sempre a pior mentira. O medo faz com que a razão permeie entre o improvável.