quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Estase

Procuro algumas letras no papel , mas só vejo o branco. Por trás das portas coloridas a ilusão da esperança, talvez algo surpreenda a monotonia da rotina, mas não dessa vez. Continuo lá sentado, parecendo mais distante do que o normal, fingindo pensamentos, como alguém que foi tomado pelo vazio. Nada se escuta, como se aquelas paredes me isolassem do mundo, e talvez fosse assim, mas não precisava de paredes ao meu redor. Ainda continuo lá, sentado, como alguém em estado de espera. O vazio permanece, ouço o som da chuva. Já estava na hora da minha companheira chegar, e com ela também a noite com sua fria beleza, com sua tristeza impressa na escuridão, como quem não quer aparecer mas, nunca se passa desapercebida. Sinto meus olhos umedecidos, e mais nada. O vento frio que sopra pela janela sem presa, trás consigo a estase. Só quero continuar aqui, sentado, e por alguns minutos, poder escutar e sentir algo além de mim.


Inspirada nas crônicas do Caio Fernando Abreu.



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Um barquinho de papel


O mar leva um barquinho

Não sei o que há nele, mas ele se vai

Em meio às correntezas ele segue

Frágil barquinho de papel!

O que será que não te faz desistir?

Tão pequeno em meio às águas sem dimensão

Tão grande diante os teus medos

Eu te entendo agora, vejo tua coragem

Vejo tua vontade de continuar

A persistência não te deixa voltar

Teus problemas se deixam superar

Mas se algum dia cansares de tentar

Não importa aonde chegastes meu amigo

Ao menos deixastes o vento sobrar.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Hapiness

Sabe aquela vontade de por pra fora? Eu tive agora!
Vi que a vida não demora, e pode se chegar a hora.
A Felicidade como uma faceira conquista, implora.
Ama, sente, sorri, adora...Como quem não tem nada a perder,
como quem não quer ir embora, como quem vive somente.