sábado, 27 de novembro de 2010

Duelo interior

Percorrendo minha trajetória percebo que nunca fui apenas eu, e nunca serei. O que sou é reflexo do que sinto, atos resumem uma busca interminável pela perfeição e sem surpresa, tropeço em erros, são eles que me fazem aprender. Ambicionando a sabedoria, não canso de tentar. A realidade é falha, o irreal mundo dos sonhos não pode ser minha eterna zona de conforto. No meu interior, resplandece um confronto, confessar ou omitir? O medo de arriscar não desiste, a esperança me faz acreditar. Na tentativa de fazer certo, ora agrado, ora desagrado. Verdadeiros sentimentos me movem, não consigo mudar. Algumas vezes o arrependimento ameaça surgir, mas é preciso coragem para continuar. Sinceridade, virtude dos corajosos! Que encaram a vida com seus riscos, que fazem com que cada momento valha apena, que tornam cada minuto único, e que por mais que queiram, não tentam apagar seus erros, porque são eles que os tornam o quem são.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Qual o preço de uma vida?

Agora vivo, logo mais, não sei dizer. Entender o que somos, desvendar nosso sentido, existir. A esperança do eterno persiste, a certeza do amanhã não existe. Vida e morte,momentos opostos que se dão sentido, tão próximos e tão distantes, reais. A incerteza gera o medo do hoje e do amanhã. Pensamentos se cansam de temer, mundo insano! Qual o preço de uma vida? Tiranos por todos os lados: somos vulneráveis, somos humanos. Como aceitar que entre nós há traidores, que ferem a própria origem, que exterminam um semelhante? Mundo injusto que nos faz reféns de nós mesmos. Em um processo de regressão do ser, progride a crueldade. Na passagem do tempo, a violência mostra que o mal se supera sempre. De mãos atadas estão os bons, vítimas dos marginais infames, a realidade fere o crédulo, mata a possibilidade de cura, sociedade esdrúxula. Quando irá prevalecer a paz? Espero que haja uma luz ao fim de tudo.

domingo, 21 de novembro de 2010

Ciranda faceira

Sinto e ajo. Pensar é consequência da dúvida. Tudo que faço torna quem eu sou, tudo que me fazem ser torna quem não sou. Pensamentos dispersos, pensamentos reais e irreais. Como em um sonho acredito num mundo sempre melhor, em um sonho me vejo melhor. Atitudes, palavras... Ah palavras! Mostrem-me quem sou. Posso ver minhas ações refletidas no que me faço ser, mas será que sou? Busco com pressa minha razão, preciso saber para que lutar. Livre arbítrio para os fortes, submissão aos fracos, sendo assim, quem serão os fortes? Escolhas tão nossas quanto dos outros é o que nos movem, formam na intensidade que deformam, criam e recriam quem somos. Mudam-se as rotas, diversos caminhos... Pensamentos ecoam, nasce a dúvida. Move a vida, ciranda faceira. Me dá sentido, me faz quem sou.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

"Traduzir-se"

" Uma parte de mim é todo mundo,
outra parte é ninguém, fundo sem fundo.
Uma parte de mim é multidão
outra parte estranheza e solidão.
Uma parte de mim pesa, pondera,
outra parte delira.
Uma parte de mim almoça e janta,
outra parte se espanta.
Uma parte de mim é permanente,
outra parte se sabe de repente.
Uma parte de mim é só vertigem,
outra parte, linguagem.
Traduzir-se uma parte na outra parte
-que é uma questão de vida e morte-
será arte?"

Fagner-composição: Ferreira Gulart

Seria feliz

Não seria fácil tentar compactar meus sentimentos em palavras. Queria não ter que sofrer todas as vezes em que as recordações invadem meus pensamentos. E se ao menos, eu pudesse deixar de chorar quando lembro que acreditei no amor, eu seria feliz.

Vazio

É estranho como não sei o que sentir; o vazio que tomou conta de mim não pode explicar o que restaria. Eu sei que há tristeza, sei também que há dor, mas não sei o que realmente mudou. Hoje não me sinto bem, amanhã talvez, mas num futuro próximo a dor vai passar, e eu vou poder sorrir! Nada me impedirá de ser feliz.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Nova página

O bom dos momentos ruins é quando conseguimos virar a página e seguir adiante. Não é fácil deixar para trás sonhos frustrados, amores imperfeitos e sentimentos equivocados. Agora, um novo caminho aparece, novas emoções, novos contextos, novos amores... E a esperança em mim ressurgiu, apagando as más recordações e despertando a felicidade que havia adormecida. Já não sou mais um deserto.